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Logística florestal: qual o impacto dessa etapa na sua empresa?

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A logística florestal consiste em, após a etapa de produção, entregar madeira para ser utilizada de formas variadas pelas indústrias, a exemplo de fabricação de móveis, celulose, construção civil, biomassa, geração de energia, entre outras.

Nesse contexto, todas as etapas de produção e atividades realizadas pela silvicultura impactarão no resultado esperado, seja na quantidade, seja na qualidade da madeira entregue, mas principalmente, no retorno financeiro que ela proporcionará.

Independentemente da forma do aproveitamento e destinação da madeira, o processo de extração, carregamento e transporte é muito importante, pois impõe o ritmo ao atendimento da demanda das indústrias e é determinante para a continuidade, sem interrupções, das atividades e transformações industriais.

Além disso, considerando todas as etapas de produção, o custo com transporte é o que mais impacta no valor final do produto entregue à fábrica e, consequentemente, no preço cobrado do consumidor final.

O conjunto dessas atividades, que é a logística florestal na sua forma prática, é um dos processos mais importantes na produção por todos esses motivos que acabamos de citar.

Sobre isso, uma das perguntas que precisa ser respondida é: quanto esse tipo de logística afeta o avanço e o sucesso do seu negócio? Quais os maiores problemas e desafios relacionados a essa atividade? Como resolvê-los? 

Siga a leitura deste artigo e confira, agora, essas e outras respostas sobre o tema.

O que é a logística florestal e como ela impacta o seu negócio?

A logística florestal corresponde ao conjunto de sistemas logísticos que compõem a cadeia produtiva florestal, incluindo sua rede de abastecimento, produção e distribuição.

As operações que fazem parte desses sistemas logísticos contemplam também a retirada da madeira do campo e as diferentes formas de realização dessa atividade. Isto é, o transporte até as unidades fabris, o estoque dos produtos em pátios e o abastecimento das indústrias em si.

Definir o planejamento e a maneira como essas atividades serão realizadas é primordial para o sucesso de um negócio desse setor, porque considera muitos fatores complexos simultaneamente e, principalmente,  porque representa 42% do custo final da madeira.

Nessa composição de custos, a silvicultura representa 29%, a colheita 19% e os gastos administrativos 10%. 

Assim, fica nítido o alto volume de investimentos necessários e a suscetibilidade do lucro a variações de grandes proporções nos custos em função de problemas que possam ocorrer no processo logístico.

Erros de dimensionamento da necessidade de caminhões para transporte, falhas no processo, más condições de estradas, umidade excessiva da madeira e outros problemas impactam diretamente nos valores da produção e, dependendo de sua gravidade, podem provocar a paralisação completa da indústria, o que gera prejuízos de ordem inestimável.

Dependendo do formato de trabalho e parceria das empresas, esses gastos podem ser arcados pelos produtores que entregam madeira às indústrias, ou ainda, pelas próprias indústrias, e podem influenciar nos valores pagos a prestadores de serviço. Mas, em todos os casos, impactam o preço cobrado do consumidor final e reduzem a lucratividade do negócio.

Quais são os problemas dos custos da logística florestal mais impactantes?

É possível dizer que, praticamente, todos os problemas que contemplam esse processo impactam e influenciam na dinâmica da logística florestal.

Entre os que merecem destaque estão:

  • localização das plantações;
  • maquinários e demais equipamentos;
  • espera para descarregamento.

Localização das plantações

Tradicionalmente, um dos contratempos mais comuns desse tipo de logística de abastecimento está relacionado à localização dos plantios florestais

Com a valorização de terrenos destinados às culturas agrícolas, muitas empresas realizam seus plantios em áreas não agricultáveis, com topografia desfavorável ao escoamento da produção e mais distantes das plantas industriais.

Nesses locais, as estradas construídas para o escoamento são mais íngremes e têm mais curvas, o que exige manutenção frequente dos veículos e menor velocidade empregada nos percursos. 

Além disso, as estradas não pavimentadas desses locais ficam mais suscetíveis aos danos provocados pelo excesso de chuvas.

Por motivos como esses podem acontecer atolamentos, necessidade de redução do tráfego e, consequentemente, tempo maior para o escoamento da produção e aumento dos custos com transporte.

Maquinários e demais equipamentos

Outra questão importante é o correto dimensionamento da necessidade de máquinas e caminhões para o escoamento da produção.

Com menor disponibilidade de caminhões, por exemplo, são necessárias mais viagens e há lentidão no fornecimento de madeira e maior deterioração de estradas. Somado a esse ponto, a natureza do produto a ser levado também é importante para o transporte e para a estocagem. 

Como sabemos, é necessária a conversão do volume de madeira de metros cúbicos para toneladas para que a necessidade de caminhões, máquinas e pátios seja dimensionada corretamente.

A madeira transportada com maior umidade, além de poder prejudicar a transformação industrial, impacta no transporte. Um dos principais motivos é que haverá maior transporte de água e menor volume efetivo de madeira. 

Por conta disso, a atenção à umidade ideal, de acordo com os produtos retirados do campo, é primordial para maior efetividade do transporte.

Espera para descarregamento

Já nos pátios de recebimento da madeira, é muito comum que, em função de processos defasados, sejam formadas filas de caminhões que aguardam para realizar o descarregamento. 

Essa espera faz com que a eficiência produtiva seja menor, reduzindo a disponibilidade de máquinas e caminhões para a realização de novos transportes, aumentando os custos.

Esses são alguns exemplos de problemas que podem impactar na logística florestal, mas existem outros, tais como:

  • falta de manutenção preventiva da frota;
  • número elevado de manutenções corretivas;
  • corte de madeira fora das especificações;
  • mix de produtos desbalanceado;
  • planejamento inadequado de entrega;
  • atrasos no abastecimento;
  • resposta lenta à resolução de problemas.

Como corrigir esses problemas e alcançar uma boa logística verde?

O primeiro paradigma que precisa ser quebrado é que os gastos financeiros com a logística florestal representam investimentos e não custos. Por esse motivo, é necessário buscar continuamente inovações para solucionar os desafios do dia a dia!

Essas inovações podem estar associadas à:

  • modernização da frota: com a utilização de implementos florestais e máquinas que possam operar com mais aderência ao solo, utilizar menos espaço para manobras e tenham maior trafegabilidade;
  • investimentos na rede viária: facilitando o tráfego e escoamento da produção;
  • otimização do planejamento e controle dos processos: também fazem parte do escopo de inovações para a melhoria dos processos e redução de custos logísticos

Com o conhecimento prévio da demanda da indústria, das condições ideais de umidade da madeira e do correto dimensionamento do volume a ser transportado, o planejamento é essencial para escalonar previamente a construção e manutenção de estradas, a contratação de prestadores de serviço, a execução de manutenções prévias na frota, entre outras ações.

No entanto, o controle de todos esses processos com a coleta de informações adequadas sobre cada etapa produtiva é o passo primordial para a otimização das atividades associadas à logística verde.

Todos os investimentos em máquinas, rede viária e processos devem vir acompanhados de um fluxo de informações eficiente, que ofereça dados confiáveis e disponibilizados no momento certo para os centros de tomada de decisão.

Com informações corretas no tempo certo, é possível acompanhar a evolução das atividades e, principalmente, identificar em quais pontos estão os gargalos e ter respostas rápidas quando as intervenções forem necessárias.

Assim, você poderá identificar o que mais interfere na baixa efetividade da logística florestal do seu negócio: máquinas paradas por falta de peças e manutenção, caminhões em longas filas de espera, skidders rebocando veículos atolados ou estradas interditadas por chuva.

A importância dos dados na resolução desses problemas

Com a coleta de dados, você poderá quantificar esses problemas e as consequências de cada um deles. Ter métricas e processos muito bem definidos permite que você atue diretamente para melhorar aqueles que estão mais precários e trazendo prejuízos mais expressivos.

Um exemplo disso é a redução do tempo de fila de espera dos caminhões para descarregamento. Em um estudo¹ publicado na Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, que realizou análise operacional do descarregamento de madeira em fábrica de celulose, foi identificado que os tempos improdutivos na operação de descarregamento correspondem a 25,8% de todo o período gasto dentro do pátio da empresa.

Além disso, em outro estudo² divulgado pela ESALQ, a redução para 1 hora no tempo de espera nas filas proporcionou economia de R$ 9 milhões em custos associados ao transporte para outra empresa de celulose.

Identificar esses resultados e propor melhorias nos processos só é possível quando você conta com um controle efetivo de indicadores de eficiência operacional e logística.

Dica de leitura: “Planilhas de controle vs Software de Gestão Florestal

Como construir e manter o controle de processos e indicadores florestais?

A tecnologia é a principal ferramenta para que você possa ter controle dos processos logísticos florestais, coletar dados em tempo real e quantificar indicadores para embasar a tomada de decisão.

Atualmente, existem ferramentas que permitem a rastreabilidade da madeira, o controle dos carregamentos e pesagens, com coleta de dados diretamente no campo e atualização diária dos resultados no sistema.

Inicialmente, muitas empresas realizam esses controles a partir de fichas de papel e planilhas de controle, com relatórios elaborados manualmente e que, nem sempre, garantem dados sempre atualizados e confiáveis.

Sistemas de gestão de frotas e máquinas florestais e de processos de carregamento e transporte permitem que você tenha dados sempre atualizados, confiáveis e detalhados sobre seus processos produtivos, com facilidades de coleta de dados mobile e um sistema com resultados completamente unificados.

Assim, você terá à sua disposição, sempre que precisar, relatórios de resultados e identificação de gargalos, eficiência operacional e indicadores que tornarão suas decisões cada vez mais estratégicas e eficazes!

Ao direcionar suas ações a partir de dados de diagnóstico, seus resultados serão otimizados e muito melhores!

Quer levar essas facilidades para sua empresa? Então, conheça agora mesmo as soluções da Kersys!

REFERÊNCIAS

  1. ALVES, R.T. et al. Análise Operacional do Descarregamento de Madeira com Diferentes Comprimentos em Fábrica de celulose. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal (Re.C.E.F). Ano XI. Volume 21. N 1. Garça/SP. Fev/2013 – Disponível em https://livrozilla.com/doc/551649/an%C3%A1lise-operacional-do-descarregamento-de-madeira
  2. PIANA, B.M. Melhoria de Processos de Logística Florestal. Projeto Lean Six Sigma. ESALQ. Mar/2016. Disponível em https://esalqlog.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/2017/SILA13/Bruno%20Mariani%20Piana.pdf

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