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Avaliação de produtividade florestal: o que é importante analisar?

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A produtividade florestal cresce ano a ano no Brasil e, para que cada vez mais essa produção seja sustentável e traga benefícios ambientais, financeiros e sociais, é fundamental que os gestores florestais conheçam profundamente o retorno de seus investimentos e entendam em quais pontos suas atuações são necessárias.

Nesse contexto, já mostramos aqui, no blog da Kersys, quais indicadores florestais relacionados à produção são importantes para manter registros e realizar avaliações.

Agora, trazemos neste artigo uma nova reflexão: com os indicadores em mãos, o que é essencial analisar e interpretar para obter um bom acompanhamento da produtividade florestal?

Siga a leitura e confira, agora, tudo sobre esse tema.

Qual o papel dos indicadores na avaliação de produtividade florestal?

Antes de nos aprofundarmos na linha de raciocínio que acabamos de apresentar, é bem importante relembrar um pouco sobre os indicadores voltados para essa área.

Como comentamos, os indicadores florestais são as melhores ferramentas para que você perceba a realidade de seu projeto.

Podemos classificá-los em três principais grupos: 

  • indicadores de produção (avaliação por unidade de tempo);
  • indicadores de produtividade (avaliação por unidade de área/produção);
  • indicadores de desempenho (avaliação com correlação de informações gerenciais).

Esses indicadores são gerados com base no controle das atividades realizadas no campo e de todos os outros fatores de produtividade florestal envolvidos, por exemplo, custos, insumos, máquinas, mão de obra, terras e outros.

É possível tê-los em planilhas ou em sistemas de gestão florestal, mas avaliar seus indicadores e resultados é uma atividade tão importante quanto mantê-los atualizados!

Então, como devemos realizar a avaliação dos resultados de empresas de gestão ambiental?

Como avaliar os resultados dos indicadores ambientais?

Avaliar os resultados corresponde a analisá-los, interpretá-los e, acima de tudo, extrair conhecimento dos números que você está vendo.

Essa avaliação deve ser periódica e você deve sempre comparar seus indicadores. Eles sozinhos trazem uma informação atual à sua empresa, mas, quando comparados, demonstram a evolução e permitem que você identifique problemas ocultos.

Essas comparações podem ser feitas em razão do tempo, do local, do investimento, da técnica que você utilizou e outros fatores de interesse do seu negócio.

Confira, a seguir, detalhes desse comparativo.

Em função do tempo

Quando avaliamos os indicadores voltados para a produtividade ambiental em função do tempo, é importante que você compare a evolução de um mesmo indicador e, principalmente, sua variação.

Por exemplo, considere a quantidade de hectares plantados/semana: em determinado mês, na primeira semana foram plantados 80 ha, nas duas seguintes 20 ha, e na última 150 ha.

Se ponderarmos sobre a média do mês, foram plantados 67,5 ha/semana, o que pode parecer uma boa métrica, mas a variação entre as semanas foi muito grande. A pergunta que fica quanto a isso é: por quê?

É na busca dessa resposta que você deve trabalhar, por meio de questionamentos como:

  • Essa variação semanal já estava prevista anteriormente? 
  • Ocorreu em função de condições climáticas impróprias ou por falta de pessoal?
  • Aconteceu por problemas técnicos? 
  • A entrega das mudas foi prejudicada?

Ao identificar o motivo da variação, você terá condições de atuar para que ela não se repita ou seja reduzida nas semanas seguintes.

Se as condições climáticas foram o fator preponderante, deverá se programar cada vez mais orientado pelas previsões do tempo. 

Se o problema foi técnico, como a quebra de um caminhão de transporte, estará ciente que deverá investir na manutenção preventiva e evitar que as etapas da produção florestal fiquem travadas por problemas como esse.

O objetivo é reduzir a variação dos indicadores com a sua atuação: métricas com baixa variação ao longo do tempo indicam um processo bem definido, padronizado e bem executado, que diminui perdas e que tem boa eficiência.

Muitas vezes, a redução de variação em indicadores como o que mencionamos permite ganhos financeiros muito elevados, pois ocorre em função do aumento da eficiência na realização da atividade.

Dica! Aproveite e leia também: “Máquinas Florestais: como dimensionar a necessidade da minha empresa?

Em função do local

Quando avaliamos métricas de produção agroflorestal em função do local, podemos comparar diferentes conjuntos de indicadores relacionados a áreas diferentes, por exemplo, o clássico “custo/ha”.

É importante que esse tipo de métrica seja individualizado por talhão. Ele pode também ser controlado em função de fazendas ou projetos, mas quanto maior o controle em função do talhão, maior e melhor é a sua percepção real do investimento realizado.

Para facilitar o entendimento, imagine o seguinte cenário: uma fazenda com custo/ha médio de R$ 8.000,00, têm três talhões: um com custo de R$10.000,00/ha; um com R$ 6.000,00/ha e outro com custo de R$8.000,00/ha.

A média da fazenda está de acordo com o previsto, mas, então, por que temos valores tão discrepantes entre talhões de um mesmo lugar? 

Enfrentamos problemas com maquinário no talhão de maior custo? Erramos uma atividade e tivemos que refazê-la? Deixamos de realizar alguma atividade no talhão de menor custo?

É fundamental que o manejo em cada talhão respeite suas características e demandas específicas, mas mais importante ainda é identificar se a variação de custo entre os talhões correspondeu ao atendimento dessas demandas ou a problemas oriundos da gestão das atividades.

Em função do investimento realizado

Quando consideramos esse cenário de avaliação de crescimento e produção florestal, as análises devem ser pautadas em função do retorno que seu investimento proporcionou.

Considere que, em duas áreas distintas, o investimento realizado durante todo o ciclo de produção foi semelhante. Na hora da colheita, uma das áreas produziu muito mais do que a outra, trazendo muito mais retorno a você.

Oras, se o investimento foi o mesmo, por que o retorno foi tão diferente? Foram as condições edafoclimáticas de cada uma? As atividades foram realizadas com a mesma qualidade?

Aqui, levantamos duas possibilidades interessantes: 

  • se as diferentes condições edafoclimáticas de cada área foram preponderantes no resultado, seu investimento talvez tenha sido equivocado, e as demandas específicas de alguma das áreas pode não ter sido atingida –- faltou adubo, sobrou irrigação, entre outras possibilidades;
  • se a qualidade das atividades teve uma interferência maior, o controle dessas ações precisa ser mais rígido.

De toda forma, é a sua atuação que fará a diferença para um retorno mais interessante no próximo ciclo. Com isso, saberá o que precisa fazer com base na análise do conjunto de indicadores associados a cada uma delas.

Não deixe de ler este artigo: “Colheita florestal: como fazer um planejamento eficiente?

Em função da tecnologia utilizada

Em nossa última categoria de exemplos, as análises serão pautadas por técnicas de manejo ou tecnologias diferentes que foram empregadas em áreas distintas. 

Muitas vezes, essas avaliações estão associadas a pesquisas ou à implementação de técnicas inovadoras na produtividade florestal.

Imagine, então, que você está utilizando uma nova técnica de plantio: diferentes espaçamentos, tipos de muda (em substrato que você nunca utilizou) e regimes de irrigação pós-plantio.

Comparar os resultados obtidos com essa nova abordagem com os do seu manejo padrão permitirão identificar se ela trará benefícios reais a sua empresa ou não.

Lembre-se que indicadores de produção, produtividade e desempenho podem ser comparados simultaneamente!

Além do que comentamos, é bem interessante que você também tenha metas bem estabelecidas. Isso porque a avaliação periódica dos indicadores florestais permite que você estabeleça metas de acordo com a realidade da sua empresa.

Outro ponto é que elas são muito importantes para que você consiga, com sucesso, reduzir a variação de indicadores e ter resultados cada vez melhores. Elas também funcionam como uma métrica para entender a eficiência de suas ações.

Alcançar metas significa que sua equipe esteve motivada para trabalhar e atingir os resultados desejados pelo grupo. 

Se, ao longo do tempo, elas ainda continuarem distantes da realidade, a mesma avaliação que exemplificamos ao longo deste texto deve ser feita: entender os motivos.

Para isso, tenha metas de curto, médio e longo prazo e acompanhe essas diretrizes pontualmente.

Como melhorar sua gestão florestal?

Para que você consiga realizar essas comparações, é primordial ter uma base de dados organizada, com indicadores e relatórios de avaliação de fácil acesso. Isso, no entanto, só é possível com um sistema de gestão florestal robusto e completo.

A Kersys, por exemplo, oferece a você um software de gestão florestal inteligente, com diversas soluções para aprimorar o seu dia a dia e da sua equipe. 

Para saber, em detalhes, tudo o que o nosso sistema de gestão florestal oferece para sua empresa, entre em contato agora mesmo!


Categorias:
#Gestão Florestal

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